quinta-feira, 28 de junho de 2007

Pró-Memória

O Sesi de Mogi Guaçu abre inscrições para a 2a. etapa da Oficina de Treinamento de Memória, a partir do dia 20 de julho. Há taxa de inscrição (R$ 15) e os encontros semanais têm duração de quatro meses. A oficina é direcionada a maiores de 55 anos, acontecendo às 3as. feiras, das 8h00 às 11h00, na sede da entidade no Jardim Novo II. As vagas são limitadas.
A primeira etapa encerrou-se em 21 de junho com uma exposição organizada pelos oito participantes. Cada um trouxe para a mostra elementos do resgate de sua história pessoal através de fotos, escritos, objetos, roupas e lembranças, formando uma colcha de retalhos das décadas passadas. Pode-se perguntar: "mas o que isso tem a ver com a memória?"
A resposta é: tudo. Porque, como foi bem destacado durante cada aula, quando a memória está ligada à emoção, os mínimos detalhes não passam despercebidos. Os relatos no grupo, além de interessantíssimos, demonstraram que o cérebro retém em seus milhares de escaninhos muito mais do que se imagina.
Já a parte prática da oficina fez cada participante treinar a atenção, forçar o raciocínio, buscar o novo e "desligar o piloto automático" que nos move no dia a dia, melhorando significativamente a qualidade de vida de cada um.
Ainda retomando a exposição realizada. Os cerca de 400 visitantes, em sua maioria estudantes de educação infantil e ensino básico do Sesi, mostraram-se bastante interessados. Tiveram oportunidade de conhecer aspectos de diferentes períodos brasileiros, recebendo informações que poderão levá-los a ser mais curiosos em relação a sua própria história e de sua família. Um exemplo: logo teremos o feriado estadual de 9 de julho - homenageando a Revolução Constitucionalista de 1932, levada a cabo pelos paulistas e, entre eles, muitos guaçuanos. Praticamente nenhum estudante tinha a menor informação sobre esse episódio, documentado ali através de um livro e de um relato. Com certeza entre os antepassados destas novas gerações estiveram alguns ex-combatentes. Porém, o distanciamento é grande e os mais jovens simplesmente não têm quem lhes conte essas histórias.
Para um país sem memória nada melhor que motivar os estudantes a efetuarem um resgate de si próprios, da sua cidade e da importância que os fatos de ontem e de hoje têm sobre o futuro. Isso é despertar a cidadania e quem sabe criar um espírito mais lúcido e crítico.

Mais informações sobre esse projeto sócio-cultural pode ser obtido no site:
http://www.sesisp.org.br/home/2006/sociocultural/