quarta-feira, 12 de março de 2008

Uma cidade sem planejamento

Estamos em ano eleitoral. Para alguns prefeitos é época de mostrar que os quatro ou oito anos no poder foram produtivos. Para outros, infelizmente a maioria, não há nada a mostrar, exceto o número de cargos comissionados que conseguiram produzir.
Mogi Guaçu está nesse rol. Uma cidade sem lei, sem planejamento, onde tudo é feito de afogadilho. Narro um evento bem recente. Nesta semana, por força das chuvas - elas são sempre as culpadas - a Rua Paula Bueno, por onde transitam veículos pesados que se dirigem para as indústrias ou para a vicinal que liga o município a Itapira foi interditada. Uma árvore caiu. Elas caem quando prejudicadas por pragas ou por serem muito velhas. Pois bem, o trânsito imediatamente foi desviado para uma rua vizinha. A rua Goiânia, de forte declive, tornou-se um verdadeiro corredor da morte, com carros, motos e caminhões pesadíssimos trafegando em velocidade excessiva. Apareceu alguma autoridade de trânsito para disciplinar esse fluxo invulgar? Imagine... Nem ao menos se pensou em dividir o tráfego para a outra rua paralela, a Florianópolis, amenizando assim os riscos. Os resultados foram fiação arrancada por caminhões cuja altura excede o permitido, galhos de árvores jogados pelo chão, sem falar para o perigo representado para os moradores. Isso é planejamento?
Não tenho noções técnicas, mas acredito que quando um desvio desse tipo é realizado, deve ser acompanhado pelos "especialistas" municipais, justamente para orientar pedestres e motoristas e coibir os abusos. Tudo isso é claro em uma cidade ideal.
Em tempo... A cidade carece de pontes para o escoamento dos veículos entre a zona sul e as demais. Basta verificar o gargalo que diariamente se forma junto à ponte de ferro. Será que é para dar a impressão de crescimento ou é mero descaso de quem deveria governar com os olhos no futuro?