sexta-feira, 4 de maio de 2007

Sem tempo

Muito interessante o artigo do Carlos Heitor Cony, nesta sexta-feira na Folha de São Paulo. Vai ao encontro de minha idéia escrita ontem, sobre a provável aproximação de alguns integrantes do PSDB com o presidente Lula. Não no aspecto sucessão, mas na questão da administração pública, no se fazer mais do que pirotécnicas apresentações e, de fato, governar. Cony, em um texto magistral como sempre, levanta o aspecto da falta de tempo dos homens públicos. Basta que sejam guindados a algum cargo executivo e assumem imediatamente um sem número de atividades sociais, ficando sem tempo para fazer exatamente aquilo para o que foram eleitos ou indicados. Administrar ou atuar como executivo acaba ficando para segundo plano, enquanto se dedicam a aparições em atos públicos e sociais, palestras, viagens e mais viagens, conferências, etc.
Cito novamente o pensamento de Lula ao Aécio Neves. "Abriu a urna a nossa obrigação ( o grifo é meu) é governar o Brasil e o Estado para todos", disse o presidente na abertura da Expozebu 2007, em Uberaba (MG). O complicado é o tempo que o País - vale para o Estado e o Município, - leva para deslachar após uma eleição. Passa-se quase um ano, senão mais, para se começar a tal administração. Se há a mudança partidária então, engavetam-se projetos do antecessor, iniciando-se novos estudos para os velhos problemas que continuam sem solução. Vai daí o buraco em que se encontram a Saúde, a Educação, a Segurança Pública, só para citar os setores mais emergentes.

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