terça-feira, 2 de julho de 2013

Será que vale responder?

Vem aí o plebiscito sobre a reforma política. Dona Dilma tirou esse coelho "caolho" da manga visto que não sabia o que falar frente aos protestos que pedem o fim da impunidade, cadeia pra mensaleiros e 'cumpanheiros' afins, educação e saúde de verdade, etc e tal. Para tanto reuniu seus quase 40 (número simbólico, né) la...ministros e mandou o Congresso elaborar as perguntas. Está faltando um Chacrinha pra perguntar ao povão se querem bacalhau ou abobrinhas, mas vamos ficar mesmo é com abacaxi.
As perguntas já sugeridas são de uma importância extrema: financiamento de campanha deve ser assim ou assado, não interessa porque vai sair do nosso bolso mesmo; aprovam a reeleição ou não - tudo bem desde que permaneçam os mesmos - e por aí vai. Enquanto isso infinitos projetos de reforma política quem sabe elaborados com maior cuidado e não de afogadilho estão esquecidos nas gavetas do Congresso. Não seria mais lógico avaliá-los e adequá-los as atuais necessidades do país? Qual a graça se isso não implica em gastar os milhões que o tal plebiscito irá custar.
Enquanto isso as manifestações nas ruas e estradas - justas ou não - pedem melhorias que não serão tiradas da cartola nem da Fifa e menos ainda dos cartolas de Brasília.
Que bom seria se esse Brasil-sil acordasse de fato e percebesse que não se fazem mudanças a curto prazo. Educação e saúde, por exemplo, não irão melhorar nem com os recursos do pré sal se não houver um projeto sério de investimentos que preveja décadas de estruturação e continuidade. Educação precisa de escolas - não dá pra dizer faça-se e elas apareçam -, método adequado à tecnologia, professores motivados e constantemente atualizados em suas funções e inclusive famílias que dêem valor à cultura e à educação dentro de suas próprias casas. Trata-se de uma mudança de mentalidade!
Saúde também não se resolve importando médicos, se não houver postos de saúde, equipamentos e todo o material necessário para atendimento aos pacientes, material humano, aliás, que humanize a saúde não apenas no rótulo.
Da mesma forma, reforma política não será feita apenas perguntando o que o povo quer. Isso já se faz através do voto e o resultado está aí pra quem quiser ver. Quem escolhe e acolhe políticos da safra de um Collor de Mello, Maluf, Renan Calheiros, só para citar alguns, facilmente vai dar respostas que não levarão a mudança alguma. Sinto saudades de meu pai que sabia das coisas, sempre combativo no tocante à política e politicos: "mudam os cachorros, as coleiras continuam as mesmas".

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