sábado, 26 de maio de 2007

Não me lembro, não sei de nada

Pobre Brasil de desmemoriados. Jacques Wagner, coitadinho, esqueceu do passeio de lancha... Devem existir diversos outros "passeios e acompanhantes" também esquecidos não só por ele mas por toda politicalha que habita Brasília. Infelizmente a podridão não se resume à esfera federal e domina todos os postos dos chamados poderosos em âmbito municipal e estadual por todo o país. Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Itapira e as demais cidades pequenas, médias ou grandes possuem seus Wagneres e Calheiros às pencas. Só que da mesma forma como age o Lula, ninguém sabe e ninguém viu.
O sociólogo Roberto da Matta acertadamente explica que esse é o gens do povo brasileiro. Se não estiver dentro das mamatas, deseja estar. Isto é, aqueles que porventura conseguem chegar próximo ao poder, acabam "metendo a mão na cumbuca" e não se sentem nem um pouco constrangidos. É o jeitinho brasileiro ou o "antes eu do que ele" e por aí vai. Nada mais fácil do que posar de íntegro e alegar desconhecimento das falcatruas perpetradas pelo líder familiar. Vá estudar a origem de algumas fortunas por aí ou o súbito aumento de padrão de uns e outros.
O jornalista Clovis Rossi, em sua coluna na Folha de São Paulo, deste sábado, 26, fala da podridão que reveste a política italiana, maior até do que a nossa, apesar da famosa Operação Mãos Limpas de anos atrás. Ele toca, porém, na ferida. Apesar dos políticos, a Itália é a 5a potência mundial e esbanja qualidade de vida. Nós, brazucas, lamentavelmente vemos o país afundar na miséria, na pobreza, no desmantelamento da economia, na ignorância pura e simples de um povo cada vez mais analfabeto cultural e politicamente.

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