quarta-feira, 23 de maio de 2007

Uma teia de sacanagem

A Operação Navalha, como disse alguém, deveria se estender e fazer logo barba, bigode e cabelo. Aliás, bom seria se cortasse, também, alguns dedos e mãos. Confira a explanação exemplar de Luís Nassif em:

O "operador" e a Operação Navalha

O que a “Operação Navalha” da Polícia Federal trouxe à tona foi a atividade de um dos setores mais florescentes do mercado brasileiro: os operadores públicos. Por tal, entenda-se o funcionário, ou o lobista especializado em descobrir onde gira o dinheiro na área pública. Não se trata de atividade comezinha. O sujeito tem que entender de orçamento e licitações, estabelecer uma teia de relações entre os técnicos de carreira, homens do governo, entre políticos. E, depois, pontes com os sucessivos ministros que assumem a pasta. Toda disputa em torno de Ministérios, por parte dos diversos partidos políticos aliados, além da prestimosa vontade de ajudar o país, tem como objetivo maior o operador. Não interessa para a maior parte dos Ministros fisiológicos o ministério, sem o operador. Sem esse técnico especializado, o Ministro fica vendido, dá passos errados, colhe migalhas ou encrencas. *** As duas maiores crises políticas do Brasil moderno tiveram como pano de fundo os operadores. Fernando Collor pretendeu centralizar as operações com PC Farias. Entregou dedos despidos de anéis para seus aliados políticos. A CPI do Impeachment teve um pingo de indignação cívica e uma montanha de indignação do movimento dos “sem operadores”. *** A segunda grande crise foi do governo Lula. Lá, mais uma vez repetiu-se o pecado político de pretender entregar Ministérios e preservar os operadores para partido. A reação solar de Roberto Jefferson e de tantos varões-de-plutarco está diretamente ligada a esse erro monumental.

Vale conferir a íntegra da Coluna Econômica de 22/05/2007 acessando: http://blig.ig.com.br/faq.php

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